Fraturas expostas
Rotulam o odor da miséria humana
Estragos no corpo
Dolorosos e sangrentos
Lágrimas e choros barulhentos
E na alma?!
Na minha, tenho raiva desta guerra
Executada por quem pensa
que pode controlar o rumo da humanidade
Perdida e tensa
Lixem-se vocês
Escumalhas deste mundo!
Que pensam que matar o inocente
é atingir o progresso imundo!
Bestas carnívoras
que se deixam manipular
pela besta das bestas
que veio para destruir, roubar e matar!
As vossas feridas
são mais profundas
do que as balas das vossas armas
As vossas frustrações transbordam
No sangue que fazem derramar
Arrependam-se!
Ajoelhem-se aos céus
Humilhem-se nas vossas fraquezas
Aqueçam o coração
Nas almas do outro lado
acesas.
Sara Nogueira©
domingo, 20 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Tempos
São ventos areosos
Que me rodeiam o corpo ardente no agora.
Tentações limam-me a minha alma
Ancorada em nada de recordações
Levo-te e vivo-te no meu futuro mental
Praticando quase a iniquidade de te amar.
(Escrito em Junho de 2014)
Sara Nogueira©
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Grito
Recomendações terapêuticas: Gritar!
Sou o virar da página
de todas as páginas
que se arrastam
na verdade inconcebida
do ser perfeito!
Sara Nogueira©
Sou o virar da página
de todas as páginas
que se arrastam
na verdade inconcebida
do ser perfeito!
Sara Nogueira©
terça-feira, 8 de julho de 2014
Balanças
Oceanos separam as balanças indefesas desta terra
Deste lado vejo o olhar intenso
Da melodia quente
Em que absorvo o mar
Que me quebra em ti
Desse lado vejo
O horizonte da saudade
E da ternura da tua voz
Que me aquece a alma
Resistindo ao passar dos anos por nós.
Sara Nogueira©
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Poema do Estranho
(Direto e eficaz à primeira leitura para estranhos, pseudo estranhos e latentes)
Gosto de pairar com emoções por aí
Dizem que a vida é curta
E a emoção, faz-nos sentir!
Faz-nos amar! Mas também trair
O estranho sente dor por sentir
Amou tanto acabou por partir
Entranhou-se dentro dele e
Percebeu que a luta seria maior!
A vida é curta
Amou, sentiu, não lutou
Ou será a vida a própria luta?
Deixa a razão clarear
Pode demorar o fruto
Até podes estranhar a quase derrota
Vais sentir vontade de estar de luto
Mas a vida dar-te-à nova rota
(Maio, 2014)
Sara Nogueira©
(Direto e eficaz à primeira leitura para estranhos, pseudo estranhos e latentes)
Gosto de pairar com emoções por aí
Dizem que a vida é curta
E a emoção, faz-nos sentir!
Faz-nos amar! Mas também trair
O estranho sente dor por sentir
Amou tanto acabou por partir
Entranhou-se dentro dele e
Percebeu que a luta seria maior!
A vida é curta
Amou, sentiu, não lutou
Ou será a vida a própria luta?
Deixa a razão clarear
Pode demorar o fruto
Até podes estranhar a quase derrota
Vais sentir vontade de estar de luto
Mas a vida dar-te-à nova rota
(Maio, 2014)
Sara Nogueira©
domingo, 6 de julho de 2014
Verão Procura-se
Uma boa segunda-feira a todos.
Que começe finalmente o Verão! É uma ordem. Quero-me sentir em Julho! Quero sentir o calor nos meus dedos e extravasá-lo para as palavras. Quero ver pele! Pele das gentes que andam por aí do lado de fora das quatro paredes! E a alegria? Aquela alegria automática que a palavra Verão causa em nós! Vocês compreendem-me?
Vem sol
Vem mar
Vem terra
Vem amor
Vem alegria!
O Verão é poesia!
Sara Nogueira©
Que começe finalmente o Verão! É uma ordem. Quero-me sentir em Julho! Quero sentir o calor nos meus dedos e extravasá-lo para as palavras. Quero ver pele! Pele das gentes que andam por aí do lado de fora das quatro paredes! E a alegria? Aquela alegria automática que a palavra Verão causa em nós! Vocês compreendem-me?
Vem sol
Vem mar
Vem terra
Vem amor
Vem alegria!
O Verão é poesia!
Sara Nogueira©
sábado, 5 de julho de 2014
Obsceno Escudo Bonito
Escrito em Fevereiro de 2011
( Recomendações de leitura: De preferência ler numa cozinha a ouvir o borbulhar de àgua a ferver num tacho)
É relevante,
O ser aceso mas inconstante
Que por sombra ou luz
(Não sabe bem)
É tomado pelo
Inesperado dia que seduz
Terreno fugaz e interdito
Suposto pensar em sair
Luta! Mártir do sorrir!
Obsceno escudo bonito
E de querer sem querer
Esta luz e estas trevas
Saborear a beleza em livre ser
Compactuando com tantas quedas
Emoções que se conflituam,
Se desnudam
Que fervura que dói!
Panela cruel aberrante
Vapor tóxico cintilante
Corpo seco, este meu corpo
Que agora escreve,
Que não sabe,
Não consegue dizer!
Ou será da alma?
Sara Nogueira©
( Recomendações de leitura: De preferência ler numa cozinha a ouvir o borbulhar de àgua a ferver num tacho)
É relevante,
O ser aceso mas inconstante
Que por sombra ou luz
(Não sabe bem)
É tomado pelo
Inesperado dia que seduz
Terreno fugaz e interdito
Suposto pensar em sair
Luta! Mártir do sorrir!
Obsceno escudo bonito
E de querer sem querer
Esta luz e estas trevas
Saborear a beleza em livre ser
Compactuando com tantas quedas
Emoções que se conflituam,
Se desnudam
Que fervura que dói!
Panela cruel aberrante
Vapor tóxico cintilante
Corpo seco, este meu corpo
Que agora escreve,
Que não sabe,
Não consegue dizer!
Ou será da alma?
Sara Nogueira©
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Eu em mim
Para as mulheres
Luz de tormenta
incendeia o chão
que dá dinâmica à vida
Celeremente procuro o eu
em mim
Encontro as chamas
deitadas sobre o quase
silêncio do fogo
Vejo uma mulher
deitada sobre elas
formosa com suaves
traços do que é belo
Acaricio os seus seios
Percebo que estãos cheios
do leite que amamenta
o chão que piso
Deito-me com ela,
Olhamos as duas
Para o tecto em luz
Dou-lhe a mão,
Dou-lhe amor,
Deixo-a
incendiada de valor
em mim.
Sara Nogueira©
Luz de tormenta
incendeia o chão
que dá dinâmica à vida
Celeremente procuro o eu
em mim
Encontro as chamas
deitadas sobre o quase
silêncio do fogo
Vejo uma mulher
deitada sobre elas
formosa com suaves
traços do que é belo
Acaricio os seus seios
Percebo que estãos cheios
do leite que amamenta
o chão que piso
Deito-me com ela,
Olhamos as duas
Para o tecto em luz
Dou-lhe a mão,
Dou-lhe amor,
Deixo-a
incendiada de valor
em mim.
Sara Nogueira©
terça-feira, 1 de julho de 2014
Tem um belo dia
(O dia é agora)
Tem um belo dia!
O meu será
Se olhar para ti
Não de fora,
Mas por dentro
Ninho fervoroso
Teu cheiro
suculentoTem um belo dia!
Se fores capaz de agarrar
as trevas que te prendem
à procrastinação
que deixa o tempo passar
por ti,
em vão
Tem um belo dia!
Conserva-te na chuva calorosa
que vem efémera
Absorver
A tua réstia de preguiça
Inundada no teu íntimo
de querer, mas não saber:
viver.
Sara Nogueira©
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